domingo, 8 de abril de 2012

Rebecca Ferguson “Nothing’s Real But Love” Biografia


Primeiro single de Rebecca Ferguson, “Nothing’s Real But Love” foi lançado em 20 de novembro
“Heaven”, seu álbum de estreia, foi lançado em 5 de dezembro. Se a música pop é uma caixa de surpresas, então a estrela em ascensão, a maravilhosa Rebecca Ferguson, é um exemplo de quem percorreu um caminho tortuoso até alcançar o sucesso.


Baixe aqui o som de Rebecca Fergusan
http://www.4shared.com/mp3/xBHq6oVA/Rebecca_Ferguson_2012_-_Nothin.html?

Há pouco mais de um ano, esta cantora extremamente tímida e insegura, mãe solteira de dois filhos, apareceu no programa The X Factor. Numa das melhores audições na história do programa, a sua história de resignação e dignidade – grávida aos 17 anos, depois de novo aos 19, sem dinheiro e com poucas esperanças – tocou fundo no coração do país. Parecia que sua voz jamais seria ouvida. Então, ela abriu a boca e a sua interpretação visceral do clássico “A Change Is Gonna Come”, de Sam Cooke, elevou o nível do programa digamos assim, mil metros.
Não vem ao caso o fato de que Rebecca tirou segundo lugar no programa. Talvez tenha sido até bom porque permitiu que no último ano, a nativa de Liverpool, hoje cantora/compositora de renome mundial, aperfeiçoasse o seu talento para compor e canalizar a sua maravilhosa voz de soul, interpretando uma seleção de músicas. O resultado foi que a moça de apenas 25 anos tornou-se a voz de sua geração e uma superestrela mundial.
Com um talento para compor extremamente maduro para a sua pouca idade, o álbum de estreia de Rebecca Ferguson não segue nenhum modismo. Não é um híbrido dos atuais gêneros musicais mais em voga, misturado e mexido e transformado num bolo amorfo. É soul; a emoção crua escorre por cada fibra de cada nota fazendo as outras músicas banais soarem .. comuns. Rebecca tem muito orgulho de suas raízes na classe trabalhadora de Liverpool, mas o seu caminho de lá até cá não foi fácil. Contudo, foi este caminho que lhe permitiu ter um espírito de luta digno, que extravasa nas letras e que ela espera, sirva de guia em sua futura carreira. Basicamente, ela é uma verdadeira artista que realmente acredita em sua arte.
Até agora, todos os admiradores de Rebecca só a conheceram através de suas apresentações na televisão. A famosa audição de ‘A Change Is Gonna Come’ teve 2.9 milhões de visitas só no YouTube, enquanto que a sua interpretação inspirada de ‘Sweet Dreams’, do Eurythmics, de ‘Wicked Game’ de Chris Isaac e de ‘You Got The Love’, de Candi Staton revelaram a incrível diversidade de influências que ela sofreu. Mas o programa deu a Rebecca algo que o dinheiro não pode comprar. “Eu mudei completamente como pessoa. Agora sou forte. Antes, cantar era apenas um sonho, agora é a minha vida. Eu já tinha desistido, perdido a esperança e então, surgiu o programa e aconteceu e agora, com o
primeiro álbum, eu só quero conseguir que a minha voz e as minhas músicas sejam o melhor possível.”
A voz e as músicas levaram Rebecca a fazer o seu primeiro single, ‘Nothing’s Real But Love’; apaixonada, mas demonstrando controle que apenas as grandes cantoras tem, o tema é especialmente caro a Rebecca – o que realmente importa na vida - “Nenhum dinheiro, nenhuma casa, nenhum carro pode ser mais importante do que o amor.”
“As pessoas me diziam: ‘O dinheiro não traz a felicidade, Rebecca’’’ ela lembra. “E eu pensava que não tinha eletricidade, nada – diz isso pra quem tem uma geladeira vazia. Mas agora que eu estou bem, sei que elas tinham razão. Não importa o que você tem, contanto que você tenha amor. Sei que soa cafona dizer isso, mas é verdade”.

Este é um tema que se repete em seu álbum brutalmente honesto. “Eu botei toda a minha alma no álbum. Grande parte da inspiração veio dos meus relacionamentos, então, acho que todo mundo provavelmente consegue se identificar com as letras – todo mundo já passou por aquilo.” Rebecca confessa ser uma perfeccionista que escreve as suas próprias músicas todos os dias durante meses. “As pessoas achavam ‘Ela acabou de sair do The X Factor e não vai conseguir escrever nada. Vamos ter que escrever novas músicas pra ela.’ Mas com o passar do tempo, elas perceberam: ‘Ah, e não é que ela consegue mesmo escrever!’”
Rebecca trabalhou com uma seleção de compositores/produtores que incluiu Eg White (Adele, James Morrison, Duffy) Fraser T Smith (N-Dubz, Tinchy Stryder, Cee Lo Green) e Claude Kelly em Nova Iorque (Britney, Whitney Houston, Jessie J). Ela abre o coração e confessa que a criação do álbum nem sempre foi fácil. “Tinha dias no estúdio em que eu chorava e dizia ‘OK, tive uma semana péssima, não vou mentir, mas vou escrever sobre isso e, se der sorte, o resultado vai ser muito bom. Alguém vai ouvir a música e pensar: ‘Ela também já passou por isso. Ela sabe como eu me sinto.’”
O álbum foi produzido nos últimos 11 meses e é uma obra muito bem acabada e atemporal; do doce piano em ‘Teach me How to Be Loved’ ao som da big band em ‘Fairytale’, a voz de Rebecca alça voa aparentemente sem fazer força. E se ‘Shoulder To Shoulder’ não fizer você chorar, então você não é humano….
Embora as suas influências musicais diretas sejam do mundo do soul, o seu iPod inclui outros nomes como Ben Howard, Ray Charles, Bombay Bicycle Club, Tupac, Sam Cooke, Nina Simone, Stevie Wonder, Florence and The Machine, Beyoncé, Nicki Minaj e, é claro, Adele. “Ela tem me apoiado muito e disse tantas coisas lindas sobre mim,” ela diz sobre a amiga cantora. “Ela até confessou que votou por mim 80 vezes quando eu estive no programa. Tudo que ela canta vem do coração e é verdadeiro e eu amo isso.”
Às vezes, Rebecca ainda é tímida, mas tem uma risada alta e forte, que surpreende. A criação deste álbum tornou-a mais confiante e trouxe-lhe mais fé em si mesma. “Eu me recusei a regravar algumas das músicas do álbum. Eu fui sincera todas as vezes que cantei aquelas palavras e não vou fazer tudo de novo sem vontade. Não quero saber se isso parece coisa de diva.”
Rebecca cresceu apenas com a mãe, ou seja, sua vida não era nem um pouco glamorosa. Com três irmãos e duas irmãs, a música era a sua válvula de escape. “Pra dizer a verdade, a minha infância não foi muito fácil e para fugir dos problemas, eu vivia sonhando; sonhava que cantava.” Mesmo quando ainda era muito pequena, Rebecca conseguia antecipar o futuro, “Aos três anos, eu já escrevia músicas,” ela ri, “Tenho cadernos e mais cadernos de letras que escrevi quando era adolescente na casa da minha mãe.”
Embora fosse bem comportada, Rebecca confessa que não gostava da escola; não entendia por que estava lá se o seu destino era fazer música. Um destino difícil de alcançar. “A minha mãe era muito rigorosa e eu só podia ouvir música cristã. Mas me lembro que uma amiga dela que adorava cantar me deu duas fitas – da Cher e da Whitney Houston. Eu ficava sentada horas e horas, ouvindo os dois álbuns repetidamente.”
Não sobrava dinheiro para Rebecca realizar a sua paixão pelo canto, então aos 14 anos ela arrumou um trabalho como vendedora numa loja de roupas para pagar aulas de canto. Em seguida, foi para o Performing Arts College. Mas quando tinha 17 anos tudo mudou. Ela engravidou de sua primeira filha, Lillie May, seguido de Karl, dois anos mais tarde. “As pessoas me diziam, ‘Bem, agora você estragou a sua vida!’ Durante um tempo, cheguei a acreditar nisso, mas a pessoa não precisa abrir mão de seus sonhos só porque teve filhos. Os meus filhos só me fizeram ter ainda mais vontade de vencer, de fazer o melhor por eles. E por mim.”
Rebecca é inacreditavelmente humilde, mas tem o pensamento voltado para o futuro, para o seu potencial, que é enorme. “Tenho muito orgulho deste álbum. Não foi fácil de escrever e coloquei tanto de mim mesma nele que se as pessoas não gostarem, vai ser duro pra mim, mas eu aguento,” ela diz. “Contanto que as pessoas digam ‘Acreditei no que ela disse’, isso é tudo que eu quero.”