terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sob escolta da polícia, músicos acusados de estupro coletivo depõem na Bahia

A audiência de instrução do processo em que músicos são acusados de estupro coletivo de duas adolescentesem Ruy Barbosa (BA), será retomada nesta terça-feira (17). Os acusados terão escolta da polícia depois de um pedido dos advogados. A defesa alegou que os rapazes e advogados quase foram agredidos em um restaurante no início da primeira audiência, no dia 4 de setembro, durante o horário de almoço.
Está previsto o depoimento dos acusados e testemunhas. A audiência até quinta-feira (19). As duas adolescentes que teriam sido vítimas não irão participar. Os acusados eram integrantes da banda New Hit. O empresário dos músicos divulgou no dia 11 de setembro o fim do conjunto.
A promotora Marisa Jansen informou que um exame de DNA comprovou que oito acusados mantiveram relações sexuais com duas adolescentes. Ela disse que o sêmen de seis deles foi localizado, mas que os outros dois também mantiveram relações, apesar de não terem ejaculado, segundo comprovou o laudo. Ela não divulgou quantos suspeitos tiveram relação com cada uma das adolescentes.
A decisão do Ministério Público conta que, ao entrar no ônibus, as garotas passaram a ser “vítimas de atitudes libidinosas" por parte dos dançarinos Alan, Wesley e Guilherme, bem como do vocalista de vulgo Dudu, tendo as "duas jovens os repreendido". Uma delas foi “puxada pelos cabelos” por William, vulgo Brayan, que “desferiu-lhe tapas no rosto e, brutalmente, a arrastou para dentro do banheiro”.
Lá, juntamente com Weslen, vulgo Gagau, iniciaram a primeira sessão de estupro, estando a vítima “totalmente acuada e impossibilitada de oferecer resistência”. Embora tenha tentado se desvencilhar dos agressores e escapar, a vítima foi mantida no banheiro para que outros dois membros, desta vez Michel e Guilherme, passassem a estuprá-la na sequência. Durante todo o tempo, a adolescente era xingada e agredida fisicamente. Esta mesma vítima ainda foi estuprada, ato contínuo, por Alan, vulgo Alanzinho e Edson dos Santos.
Os músicos negam que tenham cometido o abuso e afirmam que as relações foram com o consentimento das meninas. Elas passaram a sofrer ameaças após a divulgação do caso e tiveram que deixar a cidade em que moravam. As adolescentes entraram em um programa de proteção da polícia e foram encaminhadas para abrigos. Uma ainda continua no local e a segunda voltou para a casa da família.
Os músicos passaram 38 dias presos, mas respondem ao processo em liberdade.
Fonte: R7/Rede Record

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